Então, siga abaixo o comentário do Serrano.
Boa noite, Márcio!
Ia responder como comentário no blog mas a página de comentários não exibiu o código de controle.
O texto é ótimo e o último parágrafo, conclusivo, é perfeito.
Quando fundei o ISN o lema era "governos fora" e a primeira providência foi gerar um projeto de educação socioambiental para promover a aprendizagem coletiva, mas não consegui vencer a inércia social cujo catalisador tem 500 anos de história: paternalismo e assistencialismo mantidos à custa do capital.
Assim começou o Brasil com a coroa portuguesa e os filhos do governo aperfeiçoaram a herança genética pois já não mais pedem: o governo os procura e dá.
Quase metade da população é de filhos do governo, de um modo ou de outro, e se distribui em espaços estratégicos como as grandes periferias e as cidades do interior, e é essa distribuição espacial que torna essa massa um potencial de transformação. Se essa massa agisse não precisaríamos nos preocupar com o resto, pois seriam "sufocados" por uma simples ação de não mais fazer do lixo fonte de renda.
Mas, o que poderá vencer a força de uma cesta básica? ou de uma bolsa escola?
O modelo econômico comprou a cidadania e desvalorizou a dignidade.
Cheguei mesmo a montar dois modelos de "engenharia econômica" para estreitar as relações do capital com a sociedade através da função social da propriedade e dos ativos socioambientais.
Rssss, não achei um economista com disposição para ler até o final!
O modelo econômico atual eu batizei de "bola de neve": tem que rolar e crescer, se parar derrete.
A Constituição (o livro menos lido do Brasil) oferece o mecanismo: poder exercido diretamente pelo povo e função social da propriedade para construção de uma sociedade livre, justa e solidária.
Enfim, precisamos continuar tentando.
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