Blog do Professor Márcio

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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Invictus

Já tinha assistido vários filmes sobre a África do Sul, Mandela e apartheid; além disso, no período da Copa do Mundo de futebol, as televisões veicularam muitos documentários e reportagens que me deixaram até um pouco "saturado" desses assuntos. Quando o filme Invictus chegou às locadoras, não tive entusiasmo em assisti-lo: pareceu-me apelativo misturar esporte com "Mandela", talvez o maior símbolo ainda vivo da dignidade humana.

Ontem, por falta de opção melhor, acabei assistindo Invictus... e me surpreendi. Adorei o filme! Não sou "expert" em cinema: o filme me agrada ou não. Talvez mais me tenha agradado porque o diretor (Clint Eastwood) utilizou-se de um poema belíssimo para dar força à trama.
O poema "Invictuous", que deu nome ao filme, foi escrito em 1875 pelo britânico William Ernest Henley. Durante os 27 anos em que Mandela esteve preso, este poema tornou-se um companheiro inseparável, que lhe dava força para manter a esperança e a sanidade.

Não vou discutir o filme (estrelado por Morgan Freeman e Matt Damon - foto), apenas o recomendo. Mas quero apresentar o poema.



Invícto
Autor: William E Henley

Sob o manto da noite que me cobre,
Negro como um buraco de um extremo a outro,
Agradeço a todos os deuses
Por minha alma inconquistável.

Nas garras ferozes das circunstâncias
Não me lamentei nem cai no choro.
Sob os golpes que o acaso atira
Minha cabeça sangra, mas não se curva.

Para além deste lugar de ira e lágrimas
Somente o Horror das trevas se divisa,
Ainda assim, a ameaça dos anos
Me encontra, e encontrará, sempre destemido.

Não importa quão estreita seja a senda,
Quão repleta de punições seja a sentença,
Eu sou o mestre do meu destino;
Sou o capitão da minha alma.


A seguir, leia o poema na língua original:

Invictouos

Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate;
I am the captain of my soul.

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