Blog do Professor Márcio

Seja bem vindo. Gosto de compartilhar ideias e sua visita é uma contribuição para isto. Volte sempre!

quinta-feira, 19 de março de 2009

REFLEXÕES SOBRE A PAZ

Parte II


O que fazer para conquistar a Paz de Jesus?

Ao nos propor a Sua paz, Jesus se colocou como o caminho para conquistá-la. O caminho está para nós delineado, mas só teremos a visão completa de seus contornos à medida que o percorrermos. Sendo nossa caminhada eterna, o caminho é infinito e a paz só se encontra ao longo dele, para todos que o percorrem.

No conjunto de Seu testamento e nos exemplos que edificou, Jesus deixa claro que, para conquistar a paz, teremos que nos desarmar, não apenas dos instrumentos de ataque e defesa, mas também dos pensamentos, intenções e sentimentos maus que poderemos ter em relação aos outros. Saber ouvir e saber calar são atitudes sábias no caminho da paz. Pretender criar ou manter um ambiente de paz e, ao mesmo tempo, armar-se contra o outro é mistificar-se e iludir-se.

Para obter a paz e mantê-la é preciso aprender a abrir mão de posições em benefício do outro, se isso não vier ferir valores permanentes, princípios éticos ou legais, e não causar danos a outrem; como também é preciso firmar-se em posições na defesa dos valores determinados pela lei de amor e caridade.

Quando Jesus diz “Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize!”, Ele nos dá a garantia de que, perante a eternidade jamais estaremos nos prejudicando ao abraçar a paz, mesmo que isto possa nos parecer promessa vã diante de reveses momentâneos. É fato, também, que uma atitude pacífica cria defesas contra as agressões, porque cada indivíduo vive no campo ou ambiente psíquico criado por ele próprio, cujas emanações energéticas atraem ou repelem campos similares ou opostos. Principalmente para nós encarnados, que vivemos numa esfera onde pulula um sem-número de desencarnados de baixo padrão vibratório, manter o campo psíquico em padrão elevado, e assim sintonizar-se com esferas também elevadas, é a única garantia de proteção efetiva.

A mansidão é privilégio daqueles que conhecem a paz, mas os cuidados e os atropelos do mundo reclamam prudência, através da vigilância e da oração, pedindo socorro ao Alto para cobrir as suas imperfeições, tornando a paz duradoura. Nesse caminhar, cada atitude deve ser revista, analisada sob o crivo da lei do amor e da caridade e, se não condiz com a paz, deve ser rapidamente corrigida.

O desejo voluptuoso é um cruel inimigo da paz, semeador de conflitos, desarmonia e sofrimentos. Os desejos e as paixões alimentam a roda da vida, são condição de progresso da humanidade, quando estão sob o controle do homem. Entretanto, os defeitos morais, entre eles o orgulho, o egoísmo e a vaidade tornam o homem insaciável em seus desejos, subjugando-o e levando-o à destruição da paz.

É certo que uma das maiores dificuldades no caminho da paz é o perdão. Muitas vezes, o discípulo de Jesus se deparará com situações de grande dificuldade para a concessão do perdão. É tão crucial essa questão que Jesus a explicitou com um gesto extremo, ao ser crucificado, concedendo perdão e rogando ao Pai que perdoasse àqueles que o martirizavam. Ao se deparar com tal situação, toda força interior terá de ser mobilizada, porque nesse momento o discípulo estará diante de uma prova que faz parte do seu plano de vida e para a qual foi preparado, contando com o apoio do Mestre.

Enfim, a paz de Jesus se confunde com a caminhada, construída a cada passo, partindo do interior e se projetando no outro, e aquele que a tem converte-se em instrumento da paz do Senhor.

Oh, Senhor, fazei-me instrumento de Vossa paz!

Márcio José dos Santos

Nenhum comentário: