Blog do Professor Márcio

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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Aos meus alunos!

Quero lhes dizer algumas palavras, tomadas da minha experiência de vida. Todos nós construímos nossas experiências, e nenhuma é melhor do que a nossa. Sei que a experiência de cada um de vocês será melhor do que a minha ou de qualquer outro, simplesmente porque ela é de vocês, construída com alegrias e dores, sonhos e desilusões, que somente a gente entende. Entretanto, gostaria de compartilhar alguma coisa que possam refletir sobre ela. É sobre o Amor... sobre o amor a uma profissão.

Parece uma coisa simples, mas é tão complicada que muitos andam à procura e não a encontram. Há um tanto de gente desiludida com a profissão, mesmo as que são melhor remuneradas.

Acontece que ao escolher a profissão a gente não se consulta, para saber aquilo que alegra a nossa alma. Ao invés disso, consultamos o mercado, o “deus mercado”,  para saber as possibilidades de ganho financeiro. Daí, tudo fica complicado, porque ao abraçarmos uma profissão pegamos um pacote de coisas que gostamos e de que não gostamos. Então, é preciso que neste pacote existam em grande quantidade coisas que gostamos, para justificar poucas coisas que não gostamos. Só a nossa alma tem a resposta!

Ora, seria bom que a gente soubesse de antemão o que existe nesse pacote. Temos prazo de alguns anos, durante a graduação, para tomar conhecimento de um pouco do conteúdo, mas tomar conhecimento não é o mesmo que vivenciar. E a escola oferece pouca vivência dos conteúdos profissionais, não é mesmo? Assim, é fundamental, durante a graduação, fazer um estágio em uma empresa ou repartição pública que atua na área que escolhemos, e fazer que esse estágio seja mesmo profissional-acadêmico, e não apenas ficar tirando xerox para o chefe. E também aproveitar os raros trabalhos práticos e trabalhos de campo, para a gente avaliar o nosso grau de prazer dessa vivência.

Porém, amar uma profissão não é coisa que acontece da noite pro dia, pode levar anos. Assim como amar realmente uma pessoa leva anos: no princípio, é só paixão, que se desvanece com os anos, com os atritos, com as adversidades. O amor, se realmente for Amor com A maiúsculo, funciona ao contrário: ele cresce com os anos, com os atritos, com as adversidades. Mas, é difícil fazer que ocorra assim, é preciso ter paciência, tolerância, perdão e não ficar com expectativas, porque as expectativas geralmente trazem trustração. Ao invés de esperar, criar expectativas, a gente se doa; quando a gente doa, recebe de volta. Quanto mais você se doar a uma profissão, mais vai amá-la!


Você está apaixonado pela profissão que escolheu? Se não estiver, não é problema. Um dia poderá amá-la. Mas é uma coisa maravilhosa quando o amor começa com a Paixão para se transformar em Amor. Desejo-lhes isto na profissão que escolheram... e também na vida.

5 comentários:

Unknown disse...

Eu seria seu aluno, com certeza.
Um abraço.

Márcio José dos Santos disse...

A recíproca vale pra mim, Serrano, porque você ama ensinar. Abraço.

Bottary disse...

Ola! Professor Márcio!

Muito a propósito este tema, sobretudo por advertir os mais de não sei quantos que realmente estão lutando pra que formem em algo que dê dinheiro.

De fato, quando me formei no ginasial, optei por fazer algo do qual pudesse me identificar melhor no âmago do ser, percebendo assim, que seria algo em que meu intelecto pudesse absorver com maior propriedade. Deu certo! Trabalhei na área da mecânica sempre buscando fazer com amor e carinho as minhas atividades.

No entanto, no auge de minha vida profissional, eis que descubro algo que eu faria também, todavia, acredite, com muito mais amor e carinho: cantar.

No final, tenho muitas saudades do meu trabalho e de minhas noites no Pandeiro de Prata.

Parabéns professor pelo belíssimo ensinamento!

Abraços, Botari

Márcio José dos Santos disse...

Obrigado pelo comentário, Botari. Lamento ter perdido a ocasião de ouvi-lo no Pandeiro de Prata. Abraços.

Unknown disse...

O caminho que preciso buscar para sair da minha zona de conforto, ainda não o fiz Professor Márcio.

Idealizei o trabalho para seguir a vida normalmente, e não segui o meu propósito de vive-lá intensamente junto com a minha profissão.

Ao longo desse período vi oque era certo para min.

Hoje me preocupo com o tempo, sem saber se foi perdido ou um acaso da vida.

Obrigado pelas palavras Professor, me motiva!

Abraços!