Blog do Professor Márcio

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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Carpathian Gold atingida pela falta d´água

Publicado em: 25/6/2015 17:18:00 


A canadense Carpathian, dona da Mina de ouro Riacho dos Machados, estará reduzindo a produção da mina em função da falta de água. 

A mineração depende da água da chuva para o processamento do minério, mas a seca que afeta a região, força a empresa a operar nas condições mínimas.
 

A RDM usa uma planta convencional de britagem-moagem e circuito CIL que tem uma capacidade de 7.100t por dia. A planta necessita de grandes volumes de água, principalmente no processo de lixiviação.
 

Os problemas com a falta e o excesso de água não são incomuns à Carpathian.
 

Em janeiro de 2014 a mina foi fechada pela SUPRAM devido as fortes chuvas que poderiam causar um forte impacto ambiental. O fechamento causou perdas estimadas em 9.000 onças de produção e custos de manutenção além da cabeça do CEO Guy Charette.

População faz novas denúncias de dano ambiental causado por Mineradora

Publicado em por sinfrajupe

Ontem, no dia 15 de maio de 2013, um grupo de pessoas da Sociedade Civil de Janaúba e Riacho dos Machados, em Montes Claros, reuniu-se com a SUPRAM (Superintendência Regional de Regularização Ambiental). O grupo apresentou várias denúncias e solicitou providências para o órgão do Estado de Minas que é responsável pela regularização ambiental da Mineração de Ouro Riacho dos Machados.

Os moradores da região e representantes de organizações vem denunciando à sociedade as irregularidades que a empresa Carpathian Gold vem cometendo no processo de implantação da mina. Já na audiência pública ocorrida no dia 25 de abril foram feitas algumas denúncias verificadas na área da mineradora – em visita técnica – e no entorno do empreendimento.

Nesta reunião com a SUPRAM o grupo apresentou os dados de uma visita recente realizada nas propriedades vizinhas da Carpathian Gold.

Impactos negativos nas águas
Dois cursos d’água – de um lado o Ribeirão, de outro o córrego Piranga – estão sofrendo impactos com a ação da mineradora.

O Ribeirão, localizado abaixo da área que está sendo implementada a Barragem de Rejeito, recebeu uma quantidade de água e lama que mudou a vida da população local.

Com a contaminação da lama:
– a comunidade não tem mais acesso ao “escorrega” (área de lazer) em função da contaminação;
– além da água ficar turva e enlameada, as pessoas estão com medo de algum tipo de contaminação;
– peixes mortos (duas pessoas da comunidade verificaram 9 peixes mortos em dos poços d’água);
– o gado não quer beber água do córrego;
– pessoas da comunidade sem possibilidades de lavar roupa.
–  tem comunidades que as famílias estão sem acesso a água para consumo, tendo que buscar em outras localidades.
As águas do Piranga e seus  afluentes, também estão impactadas. Verificou-se a contaminação por lama e também a qualidade da água que sai de um dique construído pela empresa está alterada.

Outros problemas: 
– a Empresa vem fazendo explosões duas vezes por semana na qual os próprios técnicos do SUPRAM não tinham conhecimento;
– moradores denunciam falta de conduta da empresa, que vem causando problemas no uso das estradas;

Irregularidades
Após denúncias, resultantes de uma visita na área da empresa, a SUPRAM realizou uma fiscalização e, segundo as informações apresentadas na reunião, apesar do relatório ainda não estar pronto, identificaram irregularidades. Uma delas é o uso da água da antiga cava deixada pela Vale para irrigar as estradas. Disso ocorrerá um auto de infração. Ainda a SUPRAM irá cobrar mais informações da empresa para analisar o real impacto nas águas da região – além daqueles que foram apresentados.

Minerando sem licença??
Segundo o geólogo autônomo que participou da visita técnica, a empresa vem minerando sem a licença de operação. Este ponto foi bastante polêmico na reunião com a SUPRAM, que na opinião do grupo da sociedade civil, a velocidade da exploração da área está causando sérios impactos para a população e meio ambiente e defende que seja feita uma nova fiscalização para comprovar a indicação do geólogo.

Preocupação aumenta!!!
Com os impactos já ocorridos, aumenta a preocupação dos moradores locais e da cidade de Janaúba e Novo Porteirinha com o risco de contaminação das águas por metais pesados em função da exploração do ouro. Além dos cursos dágua das áreas vizinhas à mineradora, temem o risco de contaminar a Barragem de Bico da Pedra (Bacia do Verde Grande, afluente do Velho Chico). Esta barragem abastece o projeto Gorutuba, a população de Janaúba e de Nova Porteirinha, como também, nas estiagens, outros municípios da região.


Alexandre Gonçalves, pela Articulação São Francisco Vivo

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