Aconselham-me a tomar produtivos aqueles campos inúteis. Disseram-me que o cerrado deveria ser queimado, para no seu lugar fazer crescer uma mata de pinus eliotis. Explicaram-me que este pinus cresce muito rápido e que, em poucos anos, as árvores poderiam ser cortadas e transformadas em bom lucro. Andei por uma mata de pinus eliotis. Senti medo. Escura. O silêncio é total. nenhum pio de pássaro. Eles não vão lá. Acho que também têm medo. O chão é coberto por uma compacta camada de folhas secas, tão compacta que ali não cresce nem tiririca. E fiquei pensando nas tortas e rugosas árvores do cerrado, e na vida que nelas mora. Pensei no destino das guabirobeiras, das flores silvestres, das abelhas... E conclui que minha alma é cerrado, mas não é uma mata de pinus eliotis.
Aconselharam-me, também a queimar os campos para neles plantar feijão. "Feijão dá bom dinheiro", argumentaram. Mas, antes de fazer isso, tive de ter uma conversa com as florzinhas quase invisíveis, os pequenos insetos, os passarinhos, as aranhas e suas teias. E não tive coragem. Minha alma é um campo, tal como saiu do ventre da mãe natureza, mas não é uma plantação rendosa. Fazer o que me aconselhavam era transformar uma grande e divina sinfonia na monotonia de um samba de uma nota só ... "não só de pão viverá o homem", dizem os textos sagrados. Precisamos de beleza, precisamos de mistério, precisamos do místico sentimento de harmonia com a natureza de onde nascemos e para qual voltaremos.
Enquanto depender de mim, os campos ficarão lá. Enquanto depender de mim, os cerrados ficarão lá. Porque tenho medo de que, se eles forem destruídos, a minha alma também o será. Ficarei como as florestas de pinus, úteis e mortas. Ficarei como as plantações rendosas, úteis e vazias de mistérios. E me perguntei se não é isto que o progresso e a educação estão fazendo com as nossas almas: transformando a beleza selvagem que mora em nós na monótona utilidade das monoculturas. Não é de admirar que, de mãos dadas com a riqueza, vá caminhando também a incurável tristeza.
RUBEM ALVES
Blog do Professor Márcio
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sexta-feira, 29 de abril de 2011
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Viva no espaço do seu Deus
É nos momentos difíceis que você se esquece de Deus, ou até mesmo se volta contra Ele. Então, entrega-se à fadiga, ao desânimo e à desesperança. É quando a vida fica mais difícil que você frequentemente se esquece de Quem É, e dos meios que Deus lhe deu para criar a vida que desejaria. Justamente na hora do teste difícil, quando tem a chance de provar Quem É, afasta-se da fonte de todo poder.
Porém, quando tudo parece sem solução seria, mais do que nunca, hora de ir para o espaço do seu Deus. Isso lhe proporcionaria grande paz de espírito – de onde poderiam surgir grandes idéias, que poderiam ser soluções para os seus maiores problemas. Mais ainda, é somente no espaço do seu Deus que você se realiza, e esse é o único objetivo da sua alma.
Ao abrigar-se no espaço do seu Deus, você verá com extrema lucidez que tudo o que experimenta agora é transitório, mas que você não o é, você é eterno. Ao definir as condições e circunstâncias como temporais e transitórias, você poderá usá-las como meios temporais e transitórios na criação da sua experiência atual.
Então, diante da sua experiência atual – perda, conflito, doença... – é hora de se perguntar: Quem você pensa que é? E Deus, Quem Ele é? Seu problema é difícil demais para Deus resolver? É grande demais para Ele?
Mas você fica em dúvida, sem saber qual é o desejo de Deus em relação a você. Você pensa que a solução do seu problema depende do desejo de Deus; a verdade, porém, é que depende do seu. Ora, Deus lhe deseja nada mais nada menos aquilo que você deseja. Ele não julga os seus pedidos, para decidir se devem ou não ser atendidos. A lei divina é de Causa e Efeito, não de Veremos. Você pode ter tudo que escolher, e Deus lhe dará mesmo antes de pedir.
No entanto, para o bem ou para o mal, você sempre tem aquilo que cria, e a todo momento está criando. Deus não impede e nem julga aquilo que você cria, simplesmente lhe dá o poder de criar mais. Está aí o seu livre arbítrio. Se você não gostar do que acabou de criar, escolha novamente; o compromisso de Deus é lhe dar essa oportunidade.
Não se lamente se nem sempre teve o que quis, porque você constantemente teve o que escolheu. Sua vida é o resultado de seus pensamentos em relação a ela, e das escolhas que faz a cada instante. Por isso, nunca se julgue vítima da situação ou dos outros. Em relação à sua experiência atual, se está infeliz com ela, reflita sobre os seus pensamentos criativos, suas fantasias, suas palavras e atitudes; então, compreenderá o seu poder, o poder que Deus lhe deu de criar continuamente. Entenderá que a sua vida resulta das suas intenções em relação a ela.
Tudo que Deus concebeu é perfeito, criado à Sua imagem e semelhança. Você é perfeito, porque Quem o criou não criaria algo imperfeito.
Portanto, se até agora escolheu o pensamento menos importante, a idéia mais insignificante, o pior conceito sobre si mesmo, observe o que tem escolhido e escolha novamente. Escolha o pensamento mais elevado, a idéia mais magnífica e o melhor conceito sobre Quem Você É e Quem Você Quer Ser. Escolha e permaneça no espaço do seu Deus e todos os eventos se tornarão bênçãos.
Texto extraído e modificado do livro Conversando com Deus, de Neale Donald Walsch, vol. I, Agir, 2008.
Porém, quando tudo parece sem solução seria, mais do que nunca, hora de ir para o espaço do seu Deus. Isso lhe proporcionaria grande paz de espírito – de onde poderiam surgir grandes idéias, que poderiam ser soluções para os seus maiores problemas. Mais ainda, é somente no espaço do seu Deus que você se realiza, e esse é o único objetivo da sua alma.
Ao abrigar-se no espaço do seu Deus, você verá com extrema lucidez que tudo o que experimenta agora é transitório, mas que você não o é, você é eterno. Ao definir as condições e circunstâncias como temporais e transitórias, você poderá usá-las como meios temporais e transitórios na criação da sua experiência atual.
Então, diante da sua experiência atual – perda, conflito, doença... – é hora de se perguntar: Quem você pensa que é? E Deus, Quem Ele é? Seu problema é difícil demais para Deus resolver? É grande demais para Ele?
Mas você fica em dúvida, sem saber qual é o desejo de Deus em relação a você. Você pensa que a solução do seu problema depende do desejo de Deus; a verdade, porém, é que depende do seu. Ora, Deus lhe deseja nada mais nada menos aquilo que você deseja. Ele não julga os seus pedidos, para decidir se devem ou não ser atendidos. A lei divina é de Causa e Efeito, não de Veremos. Você pode ter tudo que escolher, e Deus lhe dará mesmo antes de pedir.
No entanto, para o bem ou para o mal, você sempre tem aquilo que cria, e a todo momento está criando. Deus não impede e nem julga aquilo que você cria, simplesmente lhe dá o poder de criar mais. Está aí o seu livre arbítrio. Se você não gostar do que acabou de criar, escolha novamente; o compromisso de Deus é lhe dar essa oportunidade.
Não se lamente se nem sempre teve o que quis, porque você constantemente teve o que escolheu. Sua vida é o resultado de seus pensamentos em relação a ela, e das escolhas que faz a cada instante. Por isso, nunca se julgue vítima da situação ou dos outros. Em relação à sua experiência atual, se está infeliz com ela, reflita sobre os seus pensamentos criativos, suas fantasias, suas palavras e atitudes; então, compreenderá o seu poder, o poder que Deus lhe deu de criar continuamente. Entenderá que a sua vida resulta das suas intenções em relação a ela.
Tudo que Deus concebeu é perfeito, criado à Sua imagem e semelhança. Você é perfeito, porque Quem o criou não criaria algo imperfeito.
Portanto, se até agora escolheu o pensamento menos importante, a idéia mais insignificante, o pior conceito sobre si mesmo, observe o que tem escolhido e escolha novamente. Escolha o pensamento mais elevado, a idéia mais magnífica e o melhor conceito sobre Quem Você É e Quem Você Quer Ser. Escolha e permaneça no espaço do seu Deus e todos os eventos se tornarão bênçãos.
Texto extraído e modificado do livro Conversando com Deus, de Neale Donald Walsch, vol. I, Agir, 2008.
domingo, 3 de abril de 2011
A vida é uma criação, não uma descoberta
Você não vive cada dia para descobrir o que ela lhe trará, mas sim para criá-lo. Cria a sua realidade a cada minuto, provavelmente sem saber.
Eis porque é assim, e como funciona.
1. Deus o criou à Sua imagem e semelhança.
2. Deus é o criador.
3. Você é três-em-um. Pode dar a esses três aspectos do ser o nome que quiser: Pai, Filho e Espírito Santo; mente corpo e espírito; superconsciente, consciente e subconsciente.
4. A criação é um processo que se origina dessas três partes suas. Em outras palavras, você cria em três níveis. Os instrumentos de criação são: pensamento, palavra e ato.
5. Toda criação começa com um pensamento (“Origina-se do Pai”). Toda criação então passa para a palavra (“Peças e serás atendido”). Toda criação é realizada com um ato (“E o verbo se fez carne e habitou entre nós”).
6. Aquilo que você pensa, mas nunca expressa em palavras, cria em um nível. Aquilo que você pensa e expressa em palavras cria em outro nível. Aquilo que você pensa, fala e faz torna-se evidente em sua realidade.
7. Pensar, falar e fazer algo em que você realmente não acredita é impossível. Por isso, o processo de criação deve incluir crença ou conhecimento. Isso é fé absoluta. È saber com certeza (“Pela tua fé serás curado”). Portanto, a parte ativa da criação sempre inclui o conhecimento. È uma clareza total, uma certeza absoluta, uma aceitação da realidade de algo.
8. Esse ponto de conhecimento é de intensa e incrível gratidão. É uma gratidão antecipada. E talvez seja a mais importante para a criação: ser grato antecipadamente por ela. Tê-la como certeza não só é justificado, como também incentivado. É o sinal claro da mestria. Todos os mestres sabem antecipadamente que o ato foi realizado.
9. Aprecie e louve tudo que você cria e já criou. Rejeitar qualquer parte da criação é rejeitar uma parte de si mesmo. Seja o que for que estiver agora se apresentando como parte de sua criação, deve ser reconhecido e louvado. Sinta gratidão pelo que criou. Não o condene (“Maldito seja!”), porque isso seria condenar a si próprio.
10. Se houver algum aspecto da criação de que você não gosta, louve-o e simplesmente mude-o. Escolha novamente. Faça surgir uma nova realidade. Tenha um novo pensamento. Diga uma nova palavra. Faça uma escolha nova. Faça-a magnificamente e o restante do mundo o seguirá. Peça isso. Diga: “Eu sou a Vida e o Caminho, sigam-me.”
É dessa forma que se manifesta a vontade do Deus “na Terra como no Céu”.
Extraído de: WALSCH, Neale Donald. Conversando com Deus, livro 1. Rio de Janeiro: Agir, 2008, p. 111-112.
Eis porque é assim, e como funciona.
1. Deus o criou à Sua imagem e semelhança.
2. Deus é o criador.
3. Você é três-em-um. Pode dar a esses três aspectos do ser o nome que quiser: Pai, Filho e Espírito Santo; mente corpo e espírito; superconsciente, consciente e subconsciente.
4. A criação é um processo que se origina dessas três partes suas. Em outras palavras, você cria em três níveis. Os instrumentos de criação são: pensamento, palavra e ato.
5. Toda criação começa com um pensamento (“Origina-se do Pai”). Toda criação então passa para a palavra (“Peças e serás atendido”). Toda criação é realizada com um ato (“E o verbo se fez carne e habitou entre nós”).
6. Aquilo que você pensa, mas nunca expressa em palavras, cria em um nível. Aquilo que você pensa e expressa em palavras cria em outro nível. Aquilo que você pensa, fala e faz torna-se evidente em sua realidade.
7. Pensar, falar e fazer algo em que você realmente não acredita é impossível. Por isso, o processo de criação deve incluir crença ou conhecimento. Isso é fé absoluta. È saber com certeza (“Pela tua fé serás curado”). Portanto, a parte ativa da criação sempre inclui o conhecimento. È uma clareza total, uma certeza absoluta, uma aceitação da realidade de algo.
8. Esse ponto de conhecimento é de intensa e incrível gratidão. É uma gratidão antecipada. E talvez seja a mais importante para a criação: ser grato antecipadamente por ela. Tê-la como certeza não só é justificado, como também incentivado. É o sinal claro da mestria. Todos os mestres sabem antecipadamente que o ato foi realizado.
9. Aprecie e louve tudo que você cria e já criou. Rejeitar qualquer parte da criação é rejeitar uma parte de si mesmo. Seja o que for que estiver agora se apresentando como parte de sua criação, deve ser reconhecido e louvado. Sinta gratidão pelo que criou. Não o condene (“Maldito seja!”), porque isso seria condenar a si próprio.
10. Se houver algum aspecto da criação de que você não gosta, louve-o e simplesmente mude-o. Escolha novamente. Faça surgir uma nova realidade. Tenha um novo pensamento. Diga uma nova palavra. Faça uma escolha nova. Faça-a magnificamente e o restante do mundo o seguirá. Peça isso. Diga: “Eu sou a Vida e o Caminho, sigam-me.”
É dessa forma que se manifesta a vontade do Deus “na Terra como no Céu”.
Extraído de: WALSCH, Neale Donald. Conversando com Deus, livro 1. Rio de Janeiro: Agir, 2008, p. 111-112.
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