Blog do Professor Márcio
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segunda-feira, 25 de julho de 2016
Dia Mundial contra a Mineração em larga escala
sábado, 23 de julho de 2016
3 mitos e 3 verdades sobre o câncer
Publicado em julho 22, 2016 por Redação
Entre as crenças populares sobre o câncer, o que realmente é verdade? Consultores médicos da Fundação do Câncer (http://cancer.org.br) esclarecem algumas dúvidas que envolvem a doença. A informação é uma das grandes aliadas para a prevenção, o diagnóstico precoce e o combate ao câncer.
Confira:
MITOS
Ingerir comida levada ao micro-ondas pode ocasionar tumores malignos
O micro-ondas é seguro, tanto para aquecer quanto para cozinhar alimentos. O funcionamento do eletrodoméstico é através da vibração em alta frequência das moléculas, principalmente de água. O cuidado a ser tomado é o de evitar queimaduras decorrentes de superaquecimento dos alimentos. Para aproveitar o valor nutricional dos vegetais em sua totalidade, o melhor a fazer é consumi-los crus.
O uso de desodorante pode provocar câncer de mama
De forma alguma. O que ocorre é que muitas vezes o desodorante leva a uma obstrução (entupimento) de glândulas nas axilas, levando ao desenvolvimento de nódulos, que podem infeccionar. Muitas vezes são dolorosos, devendo ser tratados. Antes de usar quaisquer cosméticos, o ideal é ler as instruções. Em caso de problemas, deve-se procurar um profissional de saúde.
O cigarro causa somente um tipo de câncer, o de pulmão
O fumo pode causar tumores em qualquer lugar por onde suas cerca de 60 substâncias cancerígenas passam. Exemplos: boca, laringe, faringe, traqueia e esôfago, além dos pulmões. Até mesmo órgãos como estômago e bexiga ficam sob risco. Cânceres de mama e leucemia são mais comuns em fumantes também.
VERDADES
Um câncer pode ‘voltar’ em outro lugar
Uma das características do câncer é a possibilidade de o tumor inicial migrar para outras regiões do organismo. São as chamadas “metástases”. Então, um tumor maligno pode ser retirado cirurgicamente do seu local de origem, mas algumas células podem ter se deslocado para outra parte do organismo e, ali, dar origem a outros tumores. Nunca deixe de conversar com o seu médico sobre suas dúvidas e apreensões.
Pintas e sinais podem se tornar câncer
A ‘Regra ABCD’ (da Sociedade Brasileira de Dermatologia – www.sbd.org.br) alerta sobre o problema: quando os sinais ou pintas tiverem forma Assimétrica, com Bordas irregulares, Cor apresentando dois ou mais tons e Dimensão maior que 6 mm, é preciso procurar um médico para fazer o diagnóstico mais adequado. A exposição excessiva ao sol é a principal causa do câncer de pele.
Exercícios e a alimentação saudável são escudos contra o câncer
A atividade física regular é fator de proteção contra as chamadas doenças crônicas e degenerativas, como hipertensão, diabetes e câncer. Nunca é tarde para começar a prática de exercícios. Aliado a isto, a alimentação deve ser a mais variada possível, dando prioridade aos vegetais: coma pelo menos 5 porções ao dia de frutas, legumes e verduras. O excesso de alimentos industrializados, enlatados e conservados podem levar ao câncer e outras doenças. As carnes vermelhas processadas – embutidos de um modo geral – foram recentemente objeto de publicação da Organização Mundial da Saúde, que alertou sobre o perigo que seu consumo excessivo representa.
Colaboração de Fernanda Portugal, in EcoDebate, 22/07/2016
segunda-feira, 11 de julho de 2016
MP pede urgência na tramitação de projeto de lei que altera normas de fiscalização de barragens de mineração em Minas
“O rompimento da barragem de Fundão não revelou apenas a fragilidade na aprovação do empreendimento. Ela revelou um colapso do sistema. O sistema está colapsado! As mortes não foram por acaso”. Assim o promotor de Justiça Carlos Eduardo Ferreira Pinto apontou a necessidade de urgência para a tramitação do projeto de lei entregue nesta terça-feira, 5 de julho, pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e pela Associação Mineira do Ministério Público (AMMP) à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A data marca oito meses da tragédia de Mariana.
Resultado da campanha “Mar de lama nunca mais”, o projeto de lei de iniciativa popular busca garantir a efetiva segurança das barragens destinadas à disposição final ou temporária de rejeitos de mineração no estado. “Hoje elas continuam sendo aprovadas e fiscalizadas com base no mesmo sistema que tolerou o rompimento de Fundão, contribuindo para o risco iminente de novos acidentes”, acusa Carlos Eduardo, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (Caoma) do MPMG.
O projeto, que dependia de dez mil assinaturas para dar início a sua tramitação, superou o número de 56 mil apoiadores, de 737 municípios mineiros, além de outros estados. “Esse alcance reforça a legitimidade da busca por um marco regulatório na área de mineração, para que os empreendimentos sejam fiscalizados e controlados de verdade”, disse Carlos Eduardo.
Atualmente, segundo ele, os órgãos ambientais não têm capacidade estrutural para fiscalizar os relatórios de estabilidade, gerando uma autofiscalização por parte das empresas.
O projeto de lei tende a minimizar o risco de novos desastres, com a proibição do alteamento a montante, técnica mais barata e arriscada, e da construção de barragens próximas a núcleos populacionais. Outros artigos determinam a necessidade de apresentação de planos mais completos para eventuais resgates, a minimização dos impactos ambientais e a garantia de fornecimento de água. Traz também um procedimento mais completo para o licenciamento, além de obrigar que as manifestações populares sejam efetivamente respondidas no processo de licenciamento sob pena de nulidade.
Acesse aqui a íntegra da minuta do projeto de lei.
Tramitação
O projeto foi entregue pelo vice-presidente da AMMP, Enéias Xavier Gomes, ao presidente da Comissão Extraordinária das Barragens da ALMG, deputado Agostinho Patrus Filho. Enéias reforçou o pedido de urgência para tramitação da matéria na Casa.
Agostinho Patrus garantiu suporte ao projeto, ressaltando que a demonstração popular de apoio a ele deverá fazer com que o projeto tenha uma tramitação rápida e que Minas Gerais tenha, o mais breve possível, um novo momento no que diz respeito à mineração. Ele mencionou outro projeto, já apresentado na ALMG, para o aumento dos recursos destinados à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). O parlamentar revelou que, em 2015, foram arrecadados cerca de R$ 250 milhões em taxas de licenciamento para as atividades minerárias, dos quais pouco mais de R$ 30 milhões foram efetivamente direcionados a áreas relacionadas ao meio ambiente.
Homenagem
As petições assinadas foram divididas em 19 maços, representando o número de pessoas que morreram em decorrência da tragédia. Elas também tiveram seus nomes lidos durante a solenidade, que contou com a presença de atingidos pela lama de Fundão, além de movimentos sociais e organizações não governamentais que trabalham para buscar garantir os direitos daqueles que foram vitimados oito meses atrás.
Carlos Eduardo afirmou que, a partir da entrega do projeto de lei, a campanha “Mar de lama nunca mais” se transforma em um observatório para acompanhar a tramitação na ALMG e o posicionamento de cada deputado. “O projeto não termina aqui. Hoje, um dia histórico, é o início da busca da sociedade mineira para que não toleremos mais vítimas. Qualquer alteração ao texto será bem vinda, desde que traga um teto superior ao que está no projeto atualmente”, concluiu o coordenador do Caoma.
Compuseram a mesa da solenidade, além de Carlos Eduardo, Enéias Xavier e Agostinho Patrus, o procurador-geral de Justiça em exercício, Waldemar Antônio de Arimatéia e o presidente da comissão de meio ambiente da ALMG, deputado Cássio Soares.
Fonte: Ministério Público de Minas Gerais
in EcoDebate, 11/07/2016
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