Um velho e seu filho trabalhavam numa pequena fazenda e dispunham de um único cavalo para puxar o arado. Um dia o cavalo fugiu.
- Que lástima! - solidarizaram-se os vizinhos. Que azar!
- Quem pode dizer se é sorte ou azar? - replicou o fazendeiro.
Uma semana depois, o cavalo voltou das montanhas, trazendo cinco éguas selvagens para o estábulo.
- Que sorte! – exclamaram os vizinhos.
- Sorte? Azar? Quem pode dizer? – respondeu o velho.
No dia seguinte, o filho tentando domar uma das éguas, caiu e quebrou a perna.
- Que horror! Quanto azar!
Azar? Sorte?
O exército passou por todas as fazendas recrutando os jovens para a guerra. O filho do fazendeiro não teria utilidade para eles, por isso não foi levado.
Bom? Mau?
Extraído de:
MILLMAN, Dan. O caminho do guerreiro pacífico. São Paulo: Pensamento, 2003.